“Nós, as crianças, reclamamos que todos os pais sejam atentos e especiais, ternos e mágicos, adivinhões e brincadores. E por mais preciosos que eles façam por ser, exigimos que se tornem melhores pais. Recordamos que os estragamos com mimos (mesmo que ninguém nos tenha dado a hipótese de lhes fazermos um test drive antes de os escolhermos só para nós). E que, apesar disso, temos sobre os ombros a pesada tarefa (que nunca regateámos) de olhar pela sua formação. Aliás, se fazemos birras ou lamúrias, se repetimos mil vezes “já vou” e, outras tantas, “não sei” não é porque essa seja a nossa vontade: é pelo brio de não pouparmos, um minuto que seja, na sua educação.”

Eduardo Sá