Avançar para o conteúdo

Prevenção de comportamentos de Risco

“Segundo nascimento, asas do desejo, adeus à infância, anos selvagens, as metáforas são numerosas para evocar a adolescência. Este longo período de mutação entre a infância e a idade adulta reveste-se de facto de múltiplos aspetos, de múltiplas «faces»”

Alain Braconnier

O Tempo de Paradoxos

“O Adolescente é, antes de mais, um ser de paradoxos… Ele quer ser totalmente autónomo, mas, ao mesmo tempo, solicita aos pais para atos banais da vida quotidiana. Ele anuncia verdades absolutas, intangíveis, e ao mesmo tempo duvida profundamente de si próprio, do seu corpo e dos outros. 

Enquanto o seu pensamento se abre para as categorias do possível e para o campo infinito das hipóteses, o seu corpo transforma-se irremediavelmente num sexo rigorosamente definido. Ele é muitas vezes extraordinariamente altruísta e, simultaneamente, pode revelar-se fantasticamente egoísta.

Ele não deixa de se afirmar profundamente individualista, ao mesmo tempo que se funde num grupo ou numa moda, o que torna dificil distingui-lo dos seus pares. Poder-se-ia continuar assim a enunciar múltiplos paradoxos que qualquer adulto entrevê no comportamento, pensamentos, sentimentos e emoções que todo o adolescente vive e atravessa. Ele sente estas contradições e poder-se-ia dizer que a adolescência é precisamente este período em que o indivíduo faz a experiência das contradições, do paradoxo e do sofrimento que eles engendram.”

in ” As mil faces da Adolescência”

O Tempo das conquistas e das escolhas

O Adolescente deve primeiro descobrir quem é. Deve descobrir aquilo que gosta e o que deseja. Aquilo que gosta resulta, evidentemente, de todo o seu passado consciente e inconsciente, e depende da identidade que ele se atribui e em que se reconhece, e dos tipos de relações estabelecidas até então com os seus pais e os seus próximos.  Também deve definir o que ambiciona, o que deseja, o que espera em geral da vida. 

Este trabalho psicológico é essencial. O último momento desta descoberta é realmente o da necessidade de fazer uma escolha. Ora escolher é conquistar, mas também renunciar. 

Conquista através das suas expetativas, ambições, mas também segundo as próprias competências de entre as diversas possibilidades que lhe são oferecidas (tendo em conta os determinantes coletivos e individuais).

Serviço de Psicologia e Orientação

O tempo das Ameaças

A necessidade de mudanças por um lado e a de escolhas por outro explicam a vulnerabilidade psíquica potencial do adolescente. Os comportamentos ruidosos, as queixas e as manifestações sintomáticas numerosas que os adolescentes apresentam, são testemunho deste trabalho psíquico. Estão presentes três tipos de «ameaças»:

A ameaça ansiosa, que parece estar diretamente ligada à emergência pubertária, a transformação do corpo com a flutuação da identidade que ela suscita.Qualquer período de mudança determina uma certa dose de ansiedade (crise de angústia ou ataque de pânico, fobias diversas, interesse ou timidez excessivos, entre outros).

A ameça depressiva resulta do trabalho necessário de perde e de luto (o adeus à infância).

A ameaça aditiva resulta da impossível renúncia que qualquer escolha implica, especialmente as escolhas identitárias e afetivas.”

in (Des)Equilibrios Familiares

Consulta os temas



Podes consultar os Psicólogos do Serviço de Psicologia e Orientação do Agrupamento de Escolas Eça de Queirós e esclarecer as tuas questões:

Com a situação que vivemos de momento a forma mais fácil será através da página inicial através dos contactos. 

Seremos breves na resposta.


WordPress Appliance - Powered by TurnKey Linux